quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Influenciado pelos alimentos, IPCA-15 desacelera e fecha setembro em 0,26%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do País, subiu 0,26% em setembro, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta. Em agosto, o indicador havia avançado 0,35%. Com o resultado, o trimestre que contempla julho, agosto e setembro já acumula altas de 1,24%, ficando acima dos 0,95% observados no mesmo período de 2007. No ano, o índice está em 4,96%. Nos últimos 12 meses, esse número passa para 6,20%.

O grupo dos alimentos segue tendo um grande impacto no resultado final. De agosto para setembro, o item saiu de 0,25% para uma inversão de -0,25%. Produtos como tomate (-38,41%), leite pasteurizado (-4,48%), batata-inglesa (-8,84%) e feijão carioca (-4,24%) lideram a lista das maiores contribuições. No ano, o grupo Alimentação e Bebidas já atinge altas de 10,52%.

A queda no preço dos alimentos, em setembro, teve variação negativa em quase todas as capitais, com destaque para Recife (-0,88%), Goiânia (-0,75%) e Fortaleza (-0,72%). Já os produtos não-alimentícios registraram alta de 0,41%, uma leve expansão frente ao resultado de agosto (0,38%). "Dentre os produtos que apresentaram alta de preços de um mês para o outro, os destaques foram: refeição fora (de 0,94% para 1,48%), frutas (de 0,65% para 3,70%), cerveja (de 0,79% para 1,30%) e cebola (de 1,49% para 6,11%)”, informou o IBGE.

Entre os itens que mais pressionaram a taxa de setembro, o destaque vai para o cigarro (3,67%), telefone fixo (0,85%) - devido ao restante do reajuste autorizado pela Anatel no final de julho – empregado doméstico (0,94%) e taxa de água e esgoto (1,05%). Nas capitais, o menor resultado foi observado em Brasília (-0,29%). Além da capital federal, Recife foi a única a também registrar recuo no indicador (-0,08%). Curitiba (0,01%) e Salvador (0,05%) completam a lista das variações mais baixas.

O cálculo do IPCA-15 refere-se a preços coletados no período de 14 de agosto a 12 de setembro, comparando-os com aqueles coletados entre 15 de julho e 13 de agosto.

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