quarta-feira, 10 de setembro de 2008

PIB brasileiro avança 1,6% em relação ao primeiro trimestre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na manhã desta quarta, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o segundo trimestre de 2008. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 716,9 bilhões (R$ 608,5 bi referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 108,4 bilhões aos impostos sobre produtos), o que constitui um crescimento de 1,6% na comparação com os primeiros três meses do ano. O crescimento de 3,8% da atividade agropecuária foi a maior contribuição para o resultado. Serviços (1,3%) e Indústria (0,9%) também colaboraram.

Entre os componentes da demanda interna, destaca-se a alta na formação bruta de capital fixo (5,4%), que vem crescendo há oito meses. As despesas de consumo das famílias (1%) e da Administração Pública (0,3%) também aceleraram, embora num ritmo mais lento. “No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 8,5% e as Importações de Bens e Serviços 8,4%”, informou o instituto.

Em relação ao segundo trimestre de 2007, o resultado divulgado pelo IBGE surpreende ainda mais: o PIB avançou 6,1%. Esse dado, entretanto, é nominal, pois é calculado a preços correntes de mercado (o cálculo do PIB real usa valores fixos). O incremento de 5,7% na geração do valor adicionado foi a principal influência, devido, novamente, ao setor de agropecuária (7,1%).

“O crescimento da Agropecuária pode ser explicado, em grande parte, pelo desempenho de alguns produtos importantes que possuem safra relevante no trimestre. Esse é o caso, por exemplo, do café em grão, do milho, do arroz em casca e da soja, com estimativas de crescimento na produção para 2008 de 27,7%, 12,8%, 9,6% e 3,6%, respectivamente”, explica o IBGE. No campo da indústria, o destaque foi para a construção civil, que avançou 9,9%, beneficiada pelo aumento de 5% da população ocupada no setor, como já havia revelado a Pesquisa Mensal de Emprego do próprio IBGE.

No primeiro semestre deste ano, o PIB cresceu 6%, o melhor desempenho nos últimos quatro anos. Indústria (6,3%), Serviços (5,3%) e Agropecuária (5,2%) deram as maiores contribuições. O produto interno bruto de um País representa o total de riquezas produzidas num determinado período.

CONTAS EXTERNAS
Os últimos resultados desfavoráveis das contas externas brasileiras também foram avaliados pelo instituto. De acordo com o IBGE, a necessidade de financiamento, no trimestre, alcançou R$ 14,3 bilhões, frente a uma capacidade de R$ 0,6 bilhão no mesmo período de 2007.

No acumulado do ano, a necessidade de financiamento já chega a R$ 35,3 bilhões. Esses números decorrem da redução do saldo externo corrente em R$ 25,2 bilhões e do aumento de R$ 9 bilhões em Renda Líquida de Propriedade Enviada ao Resto do Mundo. A capacidade ou necessidade de financiamento de uma economia é o montante líquido que a mesma disponibiliza ou recebe do resto do mundo.

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