sexta-feira, 5 de setembro de 2008

IPCA desacelera e fecha agosto com variação de 0,28%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, fechou o mês de agosto com variação de 0,28%, ante a 0,53% observado em julho. A informação foi divulgada, hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a menor taxa para um mês desde setembro de 2007, o acumulado do ano ficou em 4,48%. A meta para este ano é de 4,5%, podendo chegar ao teto de 6,5%. Nos últimos 12 meses, a variação chega a 6,17%.

Mais uma vez, o principal responsável para a redução do ritmo de crescimento do IPCA foi o grupo Alimentação e Bebidas. “Depois da alta de 1,05%, em julho, os alimentos passaram para uma variação negativa de 0,18% em agosto. A maioria dos produtos mostrou redução nos preços de um mês para o outro, com destaque para o tomate (de 10,59% para -36,91%), batata inglesa (de -6,40% para -6,55%) e feijão mulatinho (de -2,12% para -6,46%)”, informou o IBGE.

O recuo nos preços dos alimentos se fez em presente em, praticamente, todas as regiões metropolitanas investigadas, mas o destaque ficou com Recife, que fechou agosto com uma variação negativa (deflação) de 0,83%. Salvador (-0,76%) e Fortaleza (-0,75%) vêm logo em seguida, dando sinais claros da desaceleração em toda a Região. Entretanto, apesar da influência positiva no resultado do mês, o grupo dos alimentícios já acumula altas de 9,58% em 2008. Esse resultado está bem acima daquele apresentado em igual período no ano passado, quando ficou em 6,73%.

Os produtos não alimentícios, todavia, subiram, na passagem de julho para agosto, de 0,38% para 0,42%. Influenciaram para essa alta os reajustes ocorridos em itens importantes, como energia elétrica e telefonia. As contas de telefone fixo lideram os grupos que mais pressionaram a taxa, saindo de 0,67% para 2,27%, sendo responsável por 0,08 p.p. na composição do IPCA do mês. Esses números refletem o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no final de julho.

Já as tarifas de energia elétrica sofreram alta de 1,03%, frente a 0,93% na última avaliação. O incremento se deve, principalmente, à Região Metropolitana de Belém (16,80%), que teve um reajuste de 19% a partir do dia sete de agosto. A região de São Paulo também teve a tarifa reajustada (8,63%, desde quatro de julho) e contribuiu com 2,71%. Todas as altas foram influenciadas por aumentos na contribuição do Pis/Pasep/Cofins.

Outros grupos também tiveram incrementos em suas taxas, com destaque para os artigos de vestuário (de -0,03% para 0,39%), cigarro (de 0,09% para 1,35%) e cabeleireiro (de -0,48% para 1,47%).

Nos resultados regionais, a maior alta do IPCA foi observada em Belém (0,79%). Já Coritiba apresentou a menor taxa, fechando agosto com uma deflação de 0,22%. Logo em seguida, estão Salvador (0,01%) e Recife (0,08%). Para o cálculo deste mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 27 de agosto (referência) com aqueles vistos entre 01 e 29 de julho (base).

BAIXA RENDA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referente às famílias com rendimento de até seis salários mínimos e também divulgado hoje, apresentou variação de 0,21% em agosto. Em julho, o resultado foi 0,58%. Nesse indicador, Salvador lidera o ranking das regiões metropolitanas de melhor resultado, com deflação de 0,14%. No acumulado do ano, o INPC encontra-se em 5,09%. Já nos últimos 12 meses, a variação ficou em 7,15%.

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